Aneurismas cerebrais - Dr. Heros Almeida - Neurocirurgião em São Paulo
Aneurismas cerebrais - Dr. Heros Almeida - Neurocirurgião em São Paulo

Aneurisma cerebral é uma dilatação que se forma na parede de uma artéria do cérebro frágil e enfraquecida. Sua aparência se assemelha a de uma bolinha, que pode ter vários tamanhos.

Por ser formada em um tecido danificado, essa saliência fica vulnerável à pressão sanguínea, podendo se romper. Normalmente, os aneurismas são assintomáticos e sua presença nos vasos sanguíneos no cérebro é indolor. Porém eles podem se romper devido à sua fragilidade e quando isso ocorre, presenciamos uma hemorragia cerebral que exige tratamento imediato e pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis.

Nesse sentido, uma dor de cabeça súbita e intensa, considerada até pelos pacientes como a pior cefaleia da vida, é a manifestação mais comum quando rompe. Outros sinais desse rompimento incluem confusão mental, queda da pálpebra, fala prejudicada, rigidez no pescoço, perda da consciência e crise convulsiva.

Em geral, um aneurisma cerebral pequeno é um inimigo silencioso, que pode passar despercebido ao longo da vida. Mas, quando diagnosticado, requer acompanhamento regular. Já os aneurismas grandes podem comprimir certas áreas do cérebro, promovendo vários tipos de sintomas neurológicos que variam de acordo com a região afetada.

Algumas pessoas podem nascer com tendência à formação de aneurismas por alterações genéticas. Além dessa predisposição individual, o quadro pode estar relacionado a uma série de outros fatores de risco, como hipertensão arterial não controlada, tabagismo, consumo abusivo de álcool, uso de drogas estimulantes, traumas e infecções.​ Pessoas que tenham 2 parentes próximos como pai, mãe e irmãos com diagnóstico de aneurisma é conveniente uma investigação mais apurada.

O risco desses episódios de sangramento aumenta à medida que envelhecemos, principalmente a partir dos 50 anos e com os fatores de risco acima citados. Embora igualmente grave para mulheres e homens, o aneurisma cerebral é mais comum entre o público feminino por duas razões: a questão hormonal associada ao fato delas terem as artérias naturalmente mais finas.

Aneurismas cerebrais - Dr. Heros Almeida - Neurocirurgião em São Paulo
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Tratamento

Para tratar um aneurisma, vários fatores devem ser levados em consideração. É preciso analisar seu tamanho, formato e localização, bem como as condições clínicas do paciente. Também é necessário ponderar os riscos da doença e do tratamento.

Quando há um aneurisma cerebral muito pequeno, podemos optar por uma conduta conservadora, para observar se ele sofre mudança ou crescimento ao longo do tempo. Esse acompanhamento é feito por meio de exames de imagem periódicos. Nos outros casos, existem 2 opções de tratamento, a via endovascular e a microcirurgia. É necessário a avaliação minuciosa de cada caso para a indicação destes procedimentos, pois podem ser complementares.

Microcirurgia / Cirurgia Aberta

Consiste em uma cirurgia, com o auxílio do microscópio, para realizar a clipagem e oclusão do aneurisma.

Embora seja uma abordagem mais invasiva e que sempre tem algum grau de risco, a vantagem da cirurgia aberta é que, uma vez bem clipado, o risco de o aneurisma causar problemas no futuro é menor que 1% sendo uma técnica segura e eficaz.

Tratamento Endovascular

A técnica é muito semelhante ao cateterismo cardíaco (CATE), porém, normalmente é cateterizado uma artéria da região da virilha, a artéria femoral. O procedimento consiste em em ocluir seletivamente a dilatação anormal da artéria, impedindo que o sangue entre e o aneurisma se rompa.

Para a realização do procedimento, é feita uma pequena incisão na virilha do paciente, para que seja introduzido um microcateter pela artéria femoral até o cérebro.

Esse tubinho está equipado com os dispositivos responsáveis pelo “fechamento” do aneurisma, como molas de platina, gel ou balão, associados ou não ao uso de stents.

O método é realizado sob efeito de anestesia local e geral, e o paciente fica internado em média por dois dias, podendo voltar às suas atividades em cerca de uma semana.
Nesse método pode ser necessário complementações de tratamento em alguns meses, pois nem sempre é possível excluir todo o aneurisma, ficando um colo residual que exija novo tratamento.

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