Chamamos de gliomas o grupo de tumores cerebrais primários que se origina nas gliais, as células de sustentação do tecido nervoso.
Eles são classificados em graus (indo do I ao IV), evoluindo em ordem crescente de malignidade, e podem ser divididos em astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas, de acordo com suas características celulares e comportamento biológico tumoral.
Se desenvolvem a partir dos astrócitos, as células gliais presentes em maior quantidade no cérebro humano. Justamente por isso, os astrocitomas acabam sendo os gliomas mais comuns.
Os astrocitomas de grau I costumam ter crescimento lento e baixo potencial proliferativo. No entanto, se não forem tratados, eles podem evoluir para glioblastomas, um tipo de câncer cerebral de grau IV, altamente agressivo.
Começam nas células da glia denominadas oligodendrócitos. Esses tumores têm grau II de severidade, tendem a crescer mais lentamente e geralmente se infiltram nos tecidos cerebrais adjacentes.
Na maioria das vezes, os oligodendrogliomas ocorrem nos lobos frontal e temporal. Além disso, assim como os astrocitomas, eles também podem evoluir para formas mais agressivas.
Representam apenas 2% dos gliomas e se desenvolvem a partir de células ependimárias, estruturas que revestem os espaços cerebrais (ventrículos) e o canal central da medula espinhal.
Na maioria das vezes, os ependimomas estão localizados próximo ao cerebelo (parte do cérebro localizada atrás da cabeça, logo acima do pescoço) e podem bloquear o líquido cefalorraquidiano, além de causar o aumento da pressão intracraniana.
Os ependimomas são raros e surgem principalmente em crianças.
O tratamento dos gliomas pode incluir medicamentos, cirurgia para remoção do tumor, radioterapia e, em alguns casos, quimioterapia e/ou imunoterapia.