A epilepsia afeta aproximadamente três milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas de repetição, essa doença neurológica pode se manifestar igualmente em homens e mulheres, desde a infância até a idade avançada.
A crise epiléptica é sintoma de uma descarga anormal de neurônios. Essa manifestação clínica pode ocorrer de várias maneiras, sendo a crise tônico-clônica (popularmente conhecida como convulsão) a mais frequente. Nesses casos, o desequilíbrio na transmissão entre os neurônios se traduz em perda de consciência súbita e movimentos involuntários.
No entanto, as crises também podem ser sutis, surgindo como uma alteração discreta de comportamento, olhar parado e movimentos automáticos. Em crianças, por exemplo, é comum a ocorrência de crises de ausência sem alteração do estado de consciência, que geralmente duram menos de um minuto. Os sintomas dependem da área do cérebro afetada.
A doença pode ter diversas causas, como predisposição genética, traumas durante o parto, malformações, alterações metabólicas congênitas, tumores cerebrais e até mesmo um acidente vascular cerebral.
O tratamento para a epilepsia é baseado principalmente no uso de medicações específicas que combatem as crises. Recentemente, medicamentos com canabidiol também passaram a ser comercializados no Brasil para esse fim.
Quando as crises continuam a despeito do tratamento clínico, a neuromodulação, com a estimulação do cérebro ou de nervos periféricos, também pode ser uma opção terapêutica.
Do ponto de vista de estilo de vida, epiléticos que praticam atividades físicas e fazem uso da dieta cetogênica geralmente observam uma melhora dos sintomas.
